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GOUVEIA
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MANTEIGAS
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Linhares da Beira
Quadro histórico
Quando os romanos conquistaram a Península Ibérica
Linhares continuou habitada e passou a ser atravessada
por uma importante estrada romana que ligava
Emerda (actual Mérida, em Espanha) a Braceara
Augusta (Braga). Restos da estrada romana sáo ainda
bem visíveis na calcada tao peculiar que existe no
meio de nada, pedras grandes bem polidas, memória
de um passado muito distante. Existe também a ruína
de um fórum romano, pequena tribuna sobrelevada,
com um banco ao redor e uma mesa onde setomavam
decis6es comunitárias ou se faziam julgamentos. É
uma construcao original e única: o granito, tao
característico da reqiáo, é aqui integral mente utilizado.
Com a progressiva chegada dos Bárbaros a Península,
Linhares foi marco de cristianizacáo, tendo-se tornado,
com os Visigodos (séc. VI e VII), sede de Diocese.
,
(
I
Com a invasáo rnuculmana, que ocorreu após anos
de existencia pacífica destas comunidades, tu do se
alterou. Viveu-se um cIi~a de inseguranc;a, com as
povoacóes a voltarem-sb sobre si mesmas, tendo a
I
agricultura como única fonte de subsistencia. A
Diocese de Linhares deixou entáo de existir, tendo
passado a sua sede para Coimbra.
As informac;6es sobre Linhares nessa época contra-
dizem-se: ora a dáo como destruída e arruinada no
I
séc. VIII, ora apresentam d castelo como tendo origem
numa fortíñcacao moura. Há inúmeras lendas que
I
relacionam Linhares COI a presenc;a moura, tal como
histórias de mouras encrntadas que perrnaneceram
no imaginário das suas gentes. Uma das lendas mais
citadas respeita a vitória dos habitantes de Linhares
sobre as hostes do cK,efe muc;ulmano Zuzar que
ocupava o castelo de Azürara. próximo de Mangualde.
Este facto terá sido comemorado até ao séc. XVII
nurna rornagem a uma capela onde existiu o Castelo
de Azurara e de onde se avistava Linhares.
No ano de 900 Afonso Magno, de l.eáo, recuperou
asterras até Coimbra. Linhares sofreu novo incremento
em tempo de paz e era já de dominacáo cristá antes
da fundacao da nacionalidade portuguesa.
Menos de dois séculos depois, em 1169, D. Afonso
Henriques conquistou definitivamente Linhares aos
rnouros, integrando-a numa linha defensiva da reqiáo,
da qual faziam parte Trancoso e Celorico da Beira;
em Setembro desse mesmo ano concedeu-Ihe foral.
O primeiro senhor de Linhares foi o próprio rei: "os
moradores do concelho nao teriam outro senhor a
nao ser o rei ou o seu filho".
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Belmonte
A Vila de Belmonte é desde 1500 táo famosa no
Brasil como em Portugal.
A Vila teve foral em 1199 e está situada no panorámico
Monte da Esperance (antigos Montes Crestados), em
cujo morro foi construído nos finais do séc. XII o seu
castelo que juntamente com os castelos de Sortelha
e Vila de Touro, formaram até á assinatura do Tratado
de Alcanices (1297), a linha defensiva do Alto Coa,
apoiada na retaguarda pela muralha natural da Serra
da Estrela e pelo Vale do Zézere. Por ser tempo de
guerras contra leoneses e castelhanos, o castelo de
Belmonte foi sendo melhorado nos reinados de D.
Afonso 111, D. Dinis e D. Joáo 1.
A bravura e a lealdade da família dos Cabrais, foi
sempre lendária e temida, sobretudo a do seu primeiro
Alcaide-mor - Fernáo Cabral, que uma vez nomeado
a título definitivo e hereditário, em 1466 por
D. Afonso V, transformou o castelo numa residencia
senhorial fortificada, onde seu filho Pedro Alvares
I
Cabral viveu os seus primeiros anos de vida.
No séc. XIII atesta-se a existencia de uma já próspera
comunidade Judaica, responsável pela existencia de
uma sinagoga de que resta uma mscricáo datada de
1296, que provavelmente viveu numa judiaria
localizada no actual bairro de Marrocos. Em
consecuencia da expulsáo dos judeus de Espanha em
1492, pelos Reis Católicos é provável que esta
comunidade tenha aumentado, até que em 1496,
D. Manuel I decreta a conversáo toreada ao catoli-
cismo, seguindo-se uma série de persequicóes e a
criacáo de uma comunidade cripto-judaica que
sobreviveu ao fango dos séculos, mantendo os seus
rituais e tradicóes. É ainda o mesmo monarca que
em 1510 renova o foral de Belmonte.
Em 1989 foi oficialmente criada a comunidade judaica
de Belmonte, cuja sinagoga foi inaugurada em 1997,
actualmente é uma das poucas comunidades com
Rabino.
Uma viagem a volta do Monte da
Esperance
Dos panoramas do Vale do Zézere aos encantos e
mistérios da Torre de Centum Cellas, cruzando pontes,
aldeias com belos solares e histórias de minas antigas.
Parafazer o passeio a pé ao fango do centro histórico
da Vila de Belmonte, e realizar uma viagem á volta
do monte da Esperance, reserve uma estadia de pelo
menos dois dias numa das unidades hoteleiras de
Belmonte.
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Almeida
Quadro histórico
Almeida está associada a períodos agitados da história
de Portugal, de guerras e escararnucas em sucessivas
e alternadas tentativas de soberania sobre o território.
Um passado militar que hoje se reflecte de modo
poderoso sobre as robustas alvenarias de granito que
dáo forma a uma das mais interessantes fortalezas
abaluartadas do Mundo.
Património natural econstruído
As muralhas, construídas sob a forma de uma enorme
estrela, encerram no seu interior um valioso património
da arquitectura militar do século XVII onde há que
assinalar as Casamatas, o edifício da Cámara Municipal
(antigo quartel de artilharia). o Quartel das Esquadras
e os vestígios do Castelo medieval. Também a Igreja
Matriz da Misericórdia apresenta inegável valor
arquitectónico, para além da própria estrutura urbana
da povoacáo e de pormenores arquitectónicos que
valorizam todo o ambiente do conjunto urbano.
Aproveitando ascaracterísticas de relevo, afortificacáo
de Almeida foi construída de raíz, em volta do antigo
agregado populacional medieval como um grande
polígono defensivo com seis bracos formados por
outros tantos baluartes, cada um com o respectivo
nome de santo: Santo A~tónio, Sáo Pedro, Sáo
Francisco, Sáo Joáo de Deus, Santa Bárbara e Senhora
de Brotas.
Embora a construcáo tenha cornecado em 1641, o
tracado da fortaleza só foi concretizado no século
XVIII, com obras de monta nas sua primeiras décadas.
A imponencia arquitectónica de Almeida é, toda ela.
credora dos progressos da tecnoloqia militar ocorridos
no século XVI que tornaram ineficazes as antigas
fortificacóes medievais. O seu perímetro em forma de
estrela, com muros espessos, fossos desnivelados e as
Casamatas, tem um contorno elegante e rectilíneo,
pontuado por pormenores decorativos muito belos.
Castelo Rodrigo
Quadro histórico
Os vestígios mais antigos da presenca do homem no
território sao achados do Paleolítico. A cultura
megalítica e a cultura castreja reflectem-se na sua
toponímia. O domínio romano apresenta muitos
vestígios na reqiáo. Existem lápides epigrafadas e
dezassete estacoes arqueológicas no concelho, na
sua grande maioria restos de villae romanas.
Património natural econstruído
A fortificacáo de Castelo Rodrigo é o monumento
mais importante da arquitectura militar do concelho,
tendo sofrido, ao longo dos tempos, diversas
reconstrucóes. Para proteger o acesso apresenta torres
semicirculares, ameias e merl6es (desaparecidos) e
parapeito, ainda conservado no tracado oeste. O
tracado nordeste apresenta-se sem torres.
A aldeia, no interior da cerca amuralhada, mantém
a sua traca medieval e, curiosamente, o pólo de
irradiacáo das ruas nao é o centro da povoacáo mas
sim o local, a norte, onde se situava a akácova e,
mais tarde, o Palácio Cristóváo de Moura.
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